"Quem é você que me esqueceu?
Cadê você que eu não esqueço?
Quem é você que me prendeu
E depois me deixou pra trás?"
- Esteban Tavares, Pianinho
Folhas amarelas ao chão. Elas caem das árvores e flutuam no ar, proclamando o final de uma vida. O vento as conduz com delicadeza até seu gramados. Lá, as mornas brisas do outono vão brincar com as folhas e transformar a tristeza em alegria. As folhas do outono unem-se umas às outras e ficam girando em círculos,na poeira terrena dos gramados de relva serenos. Elas já se foram, em sua breve existência .Mas folhas verdes viram...acredite!
terça-feira, 30 de setembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
“Eu tenho medo de acreditar em você, de te desejar tanto, tanto, e acabar descobrindo que eu ainda tenho um coração e que ele ainda pode amar muito alguém. Não, eu digo a mim mesma, eu não vou me apaixonar e nem desejar saber tudo ao seu respeito, querer conhecer sua mãe e ser apresentada aos seus amigos. Você não sabe, mas quando eu chego em casa eu repasso cada palavra que você disse, cada gesto que você fez, cada beijo seu e me pergunto se vale mesmo a pena. E, o pior, é que vale.”
— | Tati Bernardi. |
domingo, 7 de setembro de 2014
Dia D: "Pablo Neruda"
A Dança
Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázioOu flechas de cravos que propagam o fogo:Te amo como se amam certas coisas obscuras,Secretamente, entre a sombra e a alma.Te amo como a planta que não floresce e levaDentro de si, oculta, a luz daquelas flores,E graças a teu amor vive escuro em meu corpoO apertado aroma que ascendeu da terra.Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,Senão assim deste modo que não sou nem és,Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.Antes de amar-te, amor, nada era meu:Vacilei pelas ruas e as coisas:Nada contava nem tinha nome:O mundo era do ar que esperava.E conheci salões cinzentos,Túneis habitados pela lua,Hangares cruéis que se dependiam,Perguntas que insistiam na areia.Tudo estava vazio, morto e mudo,Caído, abandonado, decaído,Tudo era inalianavelmente alheio,Tudo era dos outros e de ninguém,Até que tua beleza e tua pobrezaDe dádivas encheram o outono.
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